NEWPORT NEWS - O vento pode fornecer respostas para limitar o pó de carvão liberado no ar na Comunidade do Sudeste.

Enquanto o vento às vezes carrega a poeira dos terminais de carvão à beira-mar de Newport News sobre a Interestadual 664 para a Comunidade Sudeste, a cidade e a Dominion Terminal Associates estão nos primeiros estágios de analisar se a construção de uma cerca de vento na propriedade seria uma solução viável.

O Daily Press destacou a questão do pó de carvão em um artigo de 17 de julho, analisando de forma abrangente o problema e suas soluções.A poeira emitida pelo terminal de carvão está muito abaixo dos padrões de qualidade do ar do estado, de acordo com testes de ar, mas apesar dos bons resultados dos testes, os moradores da Comunidade Sudeste ainda reclamam que a poeira é um incômodo e expressam preocupação com os problemas de saúde.

Wesley Simon-Parsons, supervisor civil e ambiental da Dominion Terminal Associates, disse na sexta-feira que a empresa analisou as cercas de vento há vários anos, mas agora está disposta a examiná-las novamente para ver se a tecnologia melhorou.

“Vamos dar uma segunda olhada nisso”, disse Simon-Parsons.

Essa foi uma boa notícia para o prefeito de Newport News, McKinley Price, que tem pressionado por reduções no pó de carvão que sai das pilhas de carvão.

Price disse que se pudesse ser determinado que uma cerca de vento reduziria significativamente a poeira, a cidade "definitivamente" consideraria ajudar a pagar pela cerca.Estimativas extremamente aproximadas para uma cerca de vento seriam de cerca de US$ 3 milhões a US$ 8 milhões, de acordo com o presidente de uma empresa que constrói cercas de tecido contra o vento.

“A cidade e a comunidade apreciariam tudo e qualquer coisa que pudesse ser feita para reduzir a quantidade de partículas no ar”, disse Price.

O prefeito também disse acreditar que a redução da poeira aumentaria as chances de desenvolvimento da Comunidade Sudeste.

Tecnologia aprimorada

Simon-Parsons disse que quando a empresa olhou para cercas de vento vários anos atrás, a cerca teria que ter 60 metros de altura e “abranger todo o local”, o que a tornaria muito cara.

Mas Mike Robinson, presidente da WeatherSolve, uma empresa sediada na Colúmbia Britânica, no Canadá, disse que a tecnologia melhorou nos últimos anos, assim como a compreensão dos padrões de vento.

Robinson disse que isso resultou em menos necessidade de construir cercas de vento altas, já que as cercas agora não são tão altas, mas ainda alcançam reduções semelhantes de poeira.

A WeatherSolve projeta cercas de vento de tecido para locais em todo o mundo.

“A altura se tornou muito mais administrável”, disse Robinson, explicando que agora normalmente a empresa construiria uma cerca a favor do vento e outra a favor do vento.

Simon-Parsons disse que as pilhas de carvão podem atingir 25 metros de altura, mas algumas chegam a 3 metros.Ele disse que as pilhas mais altas geralmente atingem apenas 80 pés uma vez a cada dois meses e, em seguida, reduzem rapidamente a altura à medida que o carvão é exportado.

Robinson disse que a cerca não precisa ser construída para a pilha mais alta e, mesmo que fosse, melhorias na tecnologia significariam que a cerca agora seria construída a 120 pés, em vez de 200 pés.Mas Robinson disse que poderia fazer sentido construir uma cerca para a altura da maioria das pilhas, em vez da pilha mais alta, talvez na faixa de 70 a 80 pés de altura, e usar outros métodos para controlar a poeira nos momentos intermitentes em que as pilhas são mais altas.

Se a cidade e a empresa seguirem em frente, disse Robinson, eles farão modelagem por computador para determinar a melhor forma de projetar a cerca.

Ponto de Lambert

Price disse que muitas vezes se perguntou por que no píer de carvão em Norfolk, o carvão é depositado diretamente nos navios e barcaças em Lambert's Point, em vez de armazenado em pilhas de carvão como no Newport News.

Robin Chapman, porta-voz da Norfolk Southern, proprietária do terminal de carvão e dos trens que trazem o carvão para Norfolk, disse que eles possuem 225 milhas de trilhos em 400 acres, e a maior parte, se não todos, dos trilhos já estava no local no início 1960.Construir uma milha de trilhos hoje custaria cerca de US$ 1 milhão, disse Chapman.

Norfolk Southern e Dominion Terminal exportam uma quantidade similar de carvão.

Enquanto isso, Simon-Parsons disse que há cerca de 16 quilômetros de trilhos no Dominion Terminal, a maior das duas empresas no terminal de carvão de Newport News.Kinder Morgan também opera em Newport News.

Construir trilhos de trem para emular o sistema da Norfolk Southern custaria mais de US$ 200 milhões, e isso não levaria em conta a propriedade de Kinder Morgan.E Chapman disse que muitos outros componentes, além da nova pista, teriam que ser construídos para corresponder ao sistema da Norfolk Southern.Portanto, o custo para eliminar as pilhas de carvão e ainda operar um terminal de carvão seria muito superior a US$ 200 milhões.

“Fazer o investimento de capital seria astronômico para eles”, disse Chapman.

Chapman disse que não teve reclamações sobre pó de carvão por cerca de 15 anos.Os vagões são pulverizados com produtos químicos quando saem das minas de carvão, minimizando também a poeira no caminho.

Simon-Parsons disse acreditar que alguns dos carros são pulverizados com produtos químicos, mas não todos, enquanto viajam de Kentucky e West Virginia para Newport News.

Alguns residentes de Newport News reclamaram da poeira que sai dos vagões do trem enquanto eles param nos trilhos a caminho da orla de Newport News.